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sábado, 27 de março de 2010

EDUCAÇÃO E DESCOMPROMISSO
Adriane Gisbert Maranho

Diariamente temos exemplos de adolescentes fazendo suas vontades à revelia. Percebemos o quanto eles têm “domínio” das suas próprias vidas. Acreditam que podem tudo. Por outro lado, temos o descompromisso, e quando falamos em descompromisso, estamos falando de algo que acontece de modo bilateral: tem a proporção do adolescente e a do adulto.
O adolescente, por vezes, tem descompromisso com as suas responsabilidades, o estudo, por exemplo. O adulto, por sua vez, tem o descompromisso com o estar presente na vida dos seus filhos. E, dessa forma, os jovens da atualidade estão sendo criados como frutos de uma geração que quer compensar a falta de bom senso com o dar excessivamente, o ensinar a ter, a satisfazer os desejos imediatos.
Diante desse quadro, percebemos que alguns adolescentes não sentem prazer pelas coisas boas, como a leitura, com o poder da imaginação, com o criar etc., e não podemos dizer que a culpa é deles, pois, relembrando o que dissemos anteriormente, estão sendo ensinados assim.
Então, diante da atual situação dos nossos jovens, o que nós, profissionais da educação, devemos fazer? Será que devemos criticar apenas? Será que o nosso discurso é o suficiente para tocá-los, despertá-los para aquilo que consideramos saudável? Será que o profissional da educação pode mesmo “brigar” para mostrar ao aluno qual é o melhor caminho? Vale a pena conscientizá-los? E como faríamos isso?
Essas e outras perguntas ficam certamente latejando na cabeça de muita gente. O certo é que algo deve ser feito, com urgência, para melhorar a qualidade pessoal dos nossos jovens. Lembrando que está visivelmente em jogo a palavra descompromisso e que esta se remete tanto aos adolescentes quanto aos seus pais ou responsáveis. Cabe a nós educadores escolhermos o caminho certo a seguir.
Você leitor deve estar se perguntando: “afinal, qual é o melhor caminho?”
Pois bem, talvez devamos começar tendo o cuidado de pensar que estamos nos referindo a seres humanos, pessoas que erram e acertam; que choram e riem; que fracassam e prosperam, enfim, estamos falando de pessoas que precisam ser formadas, tocadas de alguma forma, possivelmente precisam de algo parecido com o AFETO, que, segundo Gabriel Chalita, consiste na “cumplicidade entre querer ensinar e se permitir aprender.” Para este autor, a troca continuada de experiências, de sonhos, de ideais e, por que não dizer, de amor é o que nos envolve, e conseqüentemente, nos move.



Adriane Gisbert Maranho. Graduada em Letras, UEM – PR; Pós-graduada em Dificuldades de Aprendizagem e Práticas Pedagógicas, UEM - PR; Graduada em Psicologia, UNINGÀ – PR; Psicóloga Clínica CRP 08/15253.

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